Sai dessa, vai por mim. O tempo não volta [...]
Antes de qualquer coisa, queria deixar algo claro aqui: Relacionamentos servem pra gente ser feliz. Ponto, simples assim. Lógico que nem só de felicidade e selinho de boa noite vive o homem – e a mulher. Tem briga sim, tem texto enorme no WhatsApp discutindo sobre o texto enorme que a coleguinha – no diminutivo porque não sou obrigada – da faculdade mandou na sexta-feira à noite, tem cara emburrada no meio do shopping porque teve confusão dentro do carro porque ele reclamou do seu atraso, tem saliva engolida a seco seguido de um sorriso falso porque você teve que cumprimentar e ser simpática com aquele amigo que você sabe que vive chamando ele pra orgia – haja falsidade com esses -, tem vontade de terminar, tem vontade de chorar, vontade de desistir e até vontade de matar – calma, gente, é momentâneo.
Mas, apesar de tudo isso, o que mais tem é a parceria, é gargalhada seguida daquela respiração escrota de porco – só comigo que acontece isso? – de tanto sorrir, tem zoação eterna por causa da sua gargalhada seguida da respiração de porco, tem sábado à noite vendo filme e se entupindo de brigadeiro e Coca-Cola, tem planos pro próximo feriado na praia e discurso sobre a sua insatisfação com o seu corpo enquanto ele tenta te convencer que você é cega – e linda, tem confiança, respeito, harmonia, paz. Vocês brigam, mas nada é capaz de tirar a paz de espírito que existe quando vocês dois estão juntos.
Os dois até podem sentir raiva, mas ela é momentânea e nada é capaz de tirar a saudade que vocês sentem quando ficam muito tempo sem se ver ou sem se falar. Tá dando pra entender? Vejo tanta gente insistindo em relacionamentos que só puxam pra baixo, que esgotam as energias com tanta briga e gritaria que mal sobra tempo pra sorrir ou pra sentir saudade. Energia aplicada ao tempo é o que move a vida, já pensou que desperdício viver movido pela tensão e agonia de ter que passar parte do seu dia planejando mentalmente quais argumentos vai utilizar pra “ganhar” a próxima briga? Não dá, é insano e, me desculpe, é totalmente anti-amor.
Sai dessa, vai por mim. O tempo não volta e, depois que passa, o que fica são milhares de cicatrizes pra gente curar. Depois de ter passado boa parte da minha vida cuidando de cicatrizes, desenvolvi e passei a seguir um simples – e ás vezes não tão óbvio – conselho: fique com alguém que te faça sonhar, e não que tire o seu sono. Sonhar te eleva, privação de sono te sobrecarrega. E aí, o que você prefere?
Escrito por Teca Florencio
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